terça-feira, 12 de agosto de 2014

CHEGOU A ONÇA

O atual bairro de Sussuarana se situa em um local onde existia um remanescente de Mata Atlântica  e uma fazenda abandonada chamada Jardim Guiomar na qual 1982 surgiu uma invasão. Há relatos dos primeiros moradores que o felino existia no bairro, que recebeu seu nome devido a presença dessa espécie de onça. Atualmente este felino está ameaçado de extinção na cidade de Salvador devido ao crescimento desordenado, mas deixou-nos sua marca quando eram predominantes aqui nas redondezas.

sábado, 2 de agosto de 2014

RUA TREZE DE MAIO (ENTREVISTAS)

 A Rua Treze de Maio situa-se na transversal da Avenida Santa Bárbara e da Rua São Jorge, o que indica que a presença forte da religiosidade, com certeza influências do sincretismo religioso (catolicismo/ candomblé) estava presente no tempo em que a rua ganhou seu logradouro. A verdade é que independente de fazer um levantamento histórico sobre como se deu a origem do bairro, especificamente dessa rua, o que vale é a sensação de ter sido uma criança feliz que aproveitou o máximo da época de poder ficar na rua até tarde, com um clima pacífico (o que mudou bastante na atualidade), conhecendo o mundo através das vivências, das brincadeiras e do companheirismo de muitos amigos que compunham minhas primeiras experiências de socialização.
Sobre as condições da rua na década de 70/80 leiamos o que um morador antigo relata sobre como os terrenos foram distribuídos:
“Isso aqui foi transformado em loteamento e os terrenos foram doados. Ninguém pagou por nada aqui. Quem pegava as casas das pontas (esquinas) é que se deram bem, pois os terrenos são bem maiores. Depois as maiorias que tiveram seus terrenos legalizados passaram a vender e foi começando a encher os espaços com casas pequenas, simples, com cercas de arames. Tinha esgoto e o chão era de terra barrenta, quando chovia era água para tudo que é lado.”
Uma moradora (D. Adélia), hoje falecida, contava que quando começou a surgir candidatos a vereadores no bairro foi que as coisas melhoraram um pouco. Para conseguir a confiança da vizinhança alguns entravam com pedido de asfalto na Prefeitura e eles cediam alguns metros de capeamento, porém, eles diziam que por não disponibilizarem de mão-de-obra suficiente,  deveria ser realizados mutirões para distribuir o betume e o asfalto pelas ruas. Lembro- me de uma dessas ocasiões em que meu pai se ofereceu como voluntário; eram trazidos inúmeros carrinhos- de- mão e os homens vinham no embalo e despejavam no chão. Logo após, as mães de família e até mesmo crianças pegavam as pás e ficavam batendo e espalhando o asfalto por todas as extremidades das ruas; eram ocasiões alegres onde víamos o espírito de coletividade e fraternidade girando em torno de algo que poderia ser deprimente e vergonhoso para a população local, pela negligência dos poderes públicos de prestarem atenção aos bairros mais periféricos e se aterem apenas aos bairros do centro ou próximo ao centro da cidade.


Vista de cima, Nova Sussuarana na parte inferior da imagem, próximo ao CAB.
https://www.google.com.br/search?newwindow/nsussuarana

sábado, 21 de junho de 2014

BAIRRO DE NOVA SUSSUARANA SALVADOR- BAHIA

NOVA SUSSUARANA


BREVE HISTÓRICO DA REGIÃO DA ESTRADA DAS BOIADAS

Na época da invasão Holandesa, por volta de 1624, Salvador não poderia ter mais que 12.000 ou 15.000 habitantes – pescadores, marisqueiros, legumes e tal- as boiadas se multiplicavam além do que poderia ser a necessidade de abastecimento. Salvador era de longe a maior cidade da colônia, ou seja, a demanda por carne bovina em outras cidades era ainda menor. O gado vai multiplicar-se em currais desde Itapuã à fronteira do Sergipe. No século XVI não existiam frigoríficos para a conservação, e nem estradas que facilitassem o transporte. O gado teria que vir a pé, pelas mãos dos tropeiros.
Os bois acabaram construindo as rotas dos tropeiros, os pontos de descanso, de comércio de encontros para a diversão com as vaquejadas, e isso foi levando a Bahia a criar rotas de comunicação, que ainda são as estradas asfaltadas de hoje. Isso permitiu entender a função metropolitana de Salvador colonial; as relações com o além-mar com outras partes do Brasil, com os sertões, assim como o impacto dessas rotas em sua formação.

Área: miolo central

 Esse nome era a estrada onde os vaqueiros traziam os rebanhos de determinadas regiões para outras, e dessa grande estrada foi surgindo ramificações que foram dando origens a vários bairros como: São Gonçalo, Cabula, Pernambués, Estrada das Barreiras, Tancredo Neves (Beirú), Mata Escura, Santo Inácio, Sussuarana, Novo Horizonte, Nova Sussuarana e outros. 



HISTÓRIA RECENTE

CENTRO ADMINISTRATIVO DA BAHIA 

Ele é um complexo recente, datado do ano de 1972 onde se tinha por governador Antônio Carlos Magalhães. A avenida foi construída no contexto das intervenções urbanas viárias da década de 1970 em Salvador. Localiza-se entre o bairro de Sussuarana e entre a Avenida Luís Viana (Paralela), cercado por vestígios da Mata Atlântica (poucos vestígios visto que as obras à medida que vão se estendendo vão destruindo o lindo verde que predominava há alguns anos atrás). O bairro de Nova Sussuarana localiza-se aos fundos do Centro Administrativo, onde órgãos como o Fórum Teixeira de Freitas (Tribunal de Justiça), Incra, Dnocs, fazem divisa com uma região do bairro chamada “Pistão” que ainda faz parte de Nova Sussuarana. A invasão denominada de “Portelinha” fica encostada aos muros do Incra e do Dnocs e também faz parte (de certa forma) de Nova Sussuarana. 
Antes de ser um  bairro tão populoso, Nova Sussuarana surgiu como um dos loteamentos de uma fazenda vizinha às grandes fazendas onde hoje se situa o Centro Administrativo da Bahia. O nome Sussuarana, vêm da grande ocorrência de onças da espécie suçuarana que passaram a vir para as proximidades do bairro por causa do intenso desmatamento devido há alguns empreendimentos (estradas de asfalto). No inicio, o bairro era repleto de árvores, estradas de barro, algumas fontes, e com casas espaçadas uma das outras








Arquivo MK. Foto tirada em 1972 onde seria o futuro CAB. (Governo ACM)








FONTES DE PESQUISA